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E começa com os carros

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio da Resolução 212, criou o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) que terá como metas "combater o crime", "melhorar a fiscalização do trânsito" e "dar mais dados" para um melhor gerenciamento do tráfego. Esta brincadeira stalinista tem um custo médio de R$48,34 por carro, no Brasil há 43 mi, ou seja, mais de R$2 bilhões serão arrancados de alguma maneira do contribuinte, para que este possa ter seus movimentos vigiados por um governo incompetente, corrupto e ávido por extorquir mais dinheiro da sociedade.

O presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre ireito de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Ciro Vidal diz o seguinte:
Para ele, o País caminha para a vigilância total sem razão. “Isso não está me cheirando bem, vamos ver quantas empresas podem fazer isso.”
Mas como era de se esperar, um Zé Cadastro, o prefeito paulistano Gilberto Kassab (PFL) "garantiu" que a cidade não se transformará num Big Brother. Talvez ele tenha aprendido Privassidade junto com o Eduardo Azeredo. No mesmo texto da notícia, um técnico da CET desmente Kassab:
Técnicos da CET avaliam que nesse processo a manutenção do sigilo não será uma tarefa fácil.
Em países sérios, como os EUA, o uso de RFID é discutido de forma honesta, um conceito ainda desconhecido para a mídia e para os governos brasileiros. O Departamento de Segurança Interna (DHS) reconhece os perigos do RFID, deixando bem claro na conclusão de um estudo sobre o assunto:
RFID technology may have a small benefit in terms of speeding identification processes, but it is no more resistant to forgery or tampering than any other digital technology. The use of RFID would predispose identification systems to surveillance uses. Use of RFID in identification would tend to deprive individuals of the ability to control when they are identified and what information identification processes transfer. Finally, RFID exposes identification processes to security weaknesses that non-radio-frequency-based processes do not share.
Um outro estudo mostra como é fácil violar os tais chips de identificação de automóveis.

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